Mobilidade

Brandão anuncia reforço emergencial para linhas da 1001 com ônibus da frota semiurbana para o Enem

Medida será adotada neste domingo, em razão da realização do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Ipolítica

Atualizada em 17/11/2025 às 10h23
Paralisação da 1001 expõe impasse entre SET e Prefeitura por repasse de R$ 7 milhões.
Paralisação da 1001 expõe impasse entre SET e Prefeitura por repasse de R$ 7 milhões. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)

SÃO LUÍS – O governador Carlos Brandão (sem partido) afirmou que o Governo do Estado está reforçando neste domingo (16) as linhas operadas pela empresa 1001, paralisada desde a última sexta-feira (14) por impasses trabalhistas envolvendo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), a Prefeitura de São Luís e o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema).

A medida é emergencial e visa reduzir o impacto da paralisação para os candidatos que prestarão o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A operação deverá ser coordenada entre a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) e as empresas que atendem a Região Metropolitana.

Horários de abertura e fechamento de portões

Neste domingo, os participantes resolverão questões de ciências da natureza e matemática. Os portões se abrem às 12h e se fecham às 13h. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e se encerram às 18h30 (meia hora mais cedo em relação ao primeiro domingo). A aplicação segue o horário de Brasília.

A saída dos participantes será autorizada a partir das 15h30, sem a prova. Já aqueles que quiserem levar consigo o caderno de questões poderão deixar o local de prova a partir das 18h, 30 minutos antes do final da aplicação regular.

O Maranhão tem 211.383 inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025.

Vários bairros afetados pela paralisação de rodoviários da empresa 1001

Com a paralisação total, moradores de cerca de 15 bairros enfrentam dificuldades para se deslocar. A empresa ainda não se manifestou sobre a situação. Entre as áreas afetadas estão:

1. Ribeira
2. Viola Kiola
3. Vila Itamar
4. Tibiri
5. Cohatrac
6. Parque Jair
7. Parque Vitória
8. Alto do Turu
9. Vila Lobão
10. Vila Isabel Cafeteira
11. Vila Esperança
12. Pedra Caída
13. Recanto Verde
14. Forquilha
15. Ipem Turu

Rodoviários seguem mobilizados; trabalhadores de outras empresas ameaçam aderir ao movimento

A paralisação continuará, segundo o Sindicato dos Rodoviários, até que os empresários ou o sindicato patronal (SET) apresentem uma solução. Além da 1001, outras empresas que operam no transporte público de São Luís podem aderir ao movimento pelas mesmas questões. Leia a nota:

"Os trabalhadores da empresa 1001 seguem paralisados em São Luís. O movimento continuará, até que os empresários ou o sindicato patronal (SET), apresentem uma solução para todas as reivindicações dos Rodoviários, que estão com os salários atrasados, além de situações de férias e até rescisões não pagas.

Outros benefícios também não estão sendo garantidos para os trabalhadores, como é o caso do ticket alimentação e até do plano de saúde. Diante de tantos descumprimentos da Convenção Coletiva de Trabalho, a paralisação, que conta com o total apoio do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, só terá fim, após todos os pagamentos devidos serem efetuados.

A empresa 1001 opera quase 20 linhas no transporte público da Grande São Luís. São milhares de usuários atendidos em diversos bairros da capital maranhense.

Assim como 1001, outras empresas que atuam no transporte público de São Luís, estão em situação semelhante e caso não se regularizem, junto aos trabalhadores, também correm o risco de terem as atividades paralisadas nos próximos dias".

O que diz o Sindicato das Empresas de Transporte (SET)

Por sua vez, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) confirmou que valor do subídio, de aproximadamente R$ 7 milhões, não foi pago. Leia a nota:

"O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) informa que a crise no sistema de transporte público da capital vem se agravando progressivamente. O principal motivo é a falta de repasse dos subsídios por parte da Prefeitura Municipal de São Luís, no valor de aproximadamente R$ 7 milhões, que não foram pagos desde o início do mês. O sistema depende desses repasses para pagar os salários, o que foi, inclusive, determinado, desde 2022, pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A Prefeitura de São Luís também vem descumprindo decisão judicial da Vara de Interesses Difusos.

Essa situação compromete diretamente a operação das empresas e, caso não haja a regularização urgentemente dos repasses, existe o risco de que a paralisação já iniciada se estenda a todo o sistema de transporte público.

O SET reforça que permanece à disposição para diálogo e busca de soluções que garantam a continuidade do serviço de transporte público, essencial à população".

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