Ônibus

Paralisação dos rodoviários da 1001 continua; greve geral pode ser iniciada na próxima quarta

As empresas têm até 72 horas úteis para colocar todos os pagamentos em dia, após o Sindicato enviar ofício.

Imirante.com

Atualizada em 22/11/2025 às 20h26
Greve na 1001 continua em São Luís.
Greve na 1001 continua em São Luís. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)

SÃO LUÍS - A greve dos rodoviários da empresa 1001 continua neste sábado (22), com trabalhadores mobilizados na porta da garagem da empresa em São Luís. O movimento ocorre em meio a uma nova cobrança feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema).

Categoria dá 72 horas para empresas pagarem salários

Na sexta-feira (21), o Sindicato enviou um ofício às empresas de transporte exigindo o cumprimento da cláusula que garante o pagamento salarial na Convenção Coletiva de Trabalho. As empresas têm 72 horas úteis, a partir da data do envio, para quitar todos os atrasos.

Se o prazo não for cumprido, o Sttrema afirma que vai iniciar uma greve geral na quarta-feira (26), podendo afetar todo o sistema de transporte da capital.

Segundo o sindicato, os atrasos salariais têm sido constantes e prejudicam diretamente os trabalhadores, além de comprometer o atendimento à população que depende dos ônibus diariamente.

Prefeitura tenta novo depósito do subsídio no 2º grau após derrota na Justiça do Trabalho

A Prefeitura de São Luís entrou com um novo pedido de consignação em pagamento diretamente no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) depois de ter a sua primeira tentativa barrada pela Justiça do Trabalho. O Município agora aguarda autorização do 2º grau para efetuar o depósito dos valores do subsídio, destinados ao pagamento de parcelas atrasadas aos rodoviários.

A iniciativa ocorre após um revés significativo: a ação ajuizada na segunda-feira (17), na 5ª Vara do Trabalho de São Luís, foi extinta sem julgamento do mérito. A juíza Noélia Maria Cavalcanti Martins e Rocha reconheceu a incompetência funcional do juízo de primeiro grau para analisar o pedido, já que todas as questões envolvendo a greve, o cumprimento de decisões liminares e os efeitos do dissídio coletivo devem ser tratadas exclusivamente pelo TRT-16.

Com a decisão, o Município ficou impossibilitado de depositar os R$ 2 milhões que dizia querer garantir para o pagamento dos trabalhadores das empresas paralisadas. Na prática, a sentença deixou a Prefeitura sem alternativa imediata dentro do 1º grau e expôs mais um entrave na atuação do Município diante da paralisação do sistema de transporte.

A SMTT afirmou que acompanha as negociações entre empresários e trabalhadores e reforçou que, enquanto houver empresas paradas, a Prefeitura continuará oferecendo corridas por aplicativo gratuitas para a população. Entretanto, o novo pedido no 2º grau evidencia a dificuldade da gestão municipal em efetivar o repasse do subsídio e cumprir o que vem anunciando desde o início da crise.

Confira a nota da SMTT sobre a nova tentativa na íntegra

"A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informa que o Município de São Luís ajuizou novo pedido de consignação em pagamento na Justiça do Trabalho, desta vez junto ao 2° grau, e aguarda apenas a autorização judicial para realizar o depósito de valores do subsídio para pagamento de parcelas em atraso aos trabalhadores. 

A prefeitura acompanha as tratativas entre entre trabalhadores e empresários de ônibus e informa que enquanto tiverem empresas paralisadas, vai continuar disponibilizando corridas por aplicativo gratuitas para a população".

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