TUTÓIA - A Justiça decretou, nessa quinta-feira (28), a prisão preventiva de dois militares do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), após serem autuados em flagrante pela suspeita do crime de estupro de vulnerável cometido contra uma adolescente de 12 anos, aluna do Projeto Bombeiro Mirim, na cidade de Tutóia.
Os dois militares suspeitos foram identificados como o 1º Sargento Luís Carlos Albuquerque Amaral e o Cabo Guilherme Augustus Ferreira Muce de Haidar, lotados na 17ª Companhia Independente de Bombeiros Militar. A identificação dos suspeitos foi feita por membros da própria corporação.
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O CBMMA informou que a vítima relatou os abusos à Major Thainá Paiva Siqueira e à 3º Sargento Camila Maria Magalhães Barros no dia 24 deste mês, depois de perceberem que a menina mantinha um “comportamento estranho”.
O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros do Maranhão, Célio Roberto, que determinou a prisão administrativa imediata dos dois militares após conhecimento do caso, informou que os suspeitos participaram de uma audiência de custódia e que foi aberto um inquérito para apurar a conduta dos militares.
A Polícia Civil investiga o caso. Em nota, o Corpo de Bombeiros disse repudiar qualquer comportamento que infrinja os direitos e a dignidade humanas e que se solidariza com as vítimas e seus familiares.
Leia a nota na íntegra:
"O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informa que, após receber denúncias do envolvimento de dois militares em caso de estupro de vulnerável, em Tutóia, determinou, de imediato, a abertura de investigação, que culminou na prisão preventiva dos suspeitos.
Reiteramos que a identificação dos suspeitos foi feita por membros da corporação. Além do andamento de procedimento interno, formalizamos a notícia-crime à Polícia Civil e estamos acompanhando as investigações, colaborando com as autoridades competentes para assegurar que todos os procedimentos legais sejam realizados de forma célere, justa e imparcial.
Reforçamos nosso repúdio a qualquer comportamento que infrinja os direitos e a dignidade humanas e reiteramos nossa solidariedade e respeito às vítimas e seus familiares."
Nos relatos, a menina afirmou às militares que “vinha mantendo um relacionamento com o Sargento Luís Carlos e que já havia tido “relações sexuais e outros atos libidinosos” com o Cabo Guilherme Muce de Haidar.
Em depoimento prestado na 20ª Delegacia Regional de Barreirinhas, no registro do Boletim de Ocorrência (B.O), a adolescente teria dito ter medo de expor o que teria acontecido entre elas e os suspeitos, pelo fato dos mesmos possuírem armas de fogo, e pediu para que o caso não fosse exposto.
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