SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu na terça-feira (19) um servidor público suspeito de participar de uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos estaduais e federais. A base do grupo ficava em Fortaleza, no Ceará, mas ele também agia no Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão.
O servidor foi preso por agentes que participavam da Operação Gabarito e já haviam detido sete pessoas no último domingo (17). Dois homens foram encontrados dentro de uma casa que funcionava como escritório da quadrilha. Cinco pessoas foram presas enquanto faziam provas de um concurso do Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Ceará (Dert). Entre elas estava um soldado da Polícia Militar. Segundo a PF, elas eram ''clientes'' dos supostos criminosos e recebiam respostas das questões pelo celular.
O grupo começou a ser monitorado em 2004, quando a Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários descobriu a cooptação de professores, estudantes universitários e alunos de cursos preparatórios para concursos.
A fraude era comandada por um ''piloto'', que era preparado e inscrito para os concursos e, durante as provas, passava o gabarito por meio de códigos, pelo celular. Se o candidato fosse aprovado, ele repassava à quadrilha cerca de sete vezes o valor do primeiro salário como forma de pagamento.
Cerca de 150 policiais participam da Operação Gabarito e continuam em diligências. Eles analisam agendas, celulares e computadores apreendidos nos últimos dias.
Os acusados de planejar o esquema fraudulento foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e falsidade ideológica, e, se condenados, poderão cumprir até oito anos de reclusão. Os ''clientes'' vão responder pelo crime de falsidade ideológica, cuja pena é de um a cinco anos de prisão.
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