(Divulgação)
COLUNA
Gabriela Lages Veloso
Escritora, poeta, crítica literária e mestranda em Letras pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Gabriela Lages Veloso

Orgulho e Preconceito

No dia 16 de dezembro de 2023, Jane Austen completaria 248 anos, se estivesse entre nós. A escritora inglesa foi uma mulher à frente do seu tempo, revolucionária.

Gabriela Lages Veloso

No dia 16 de dezembro de 2023, Jane Austen completaria 248 anos, se estivesse entre nós. A escritora inglesa foi uma mulher à frente do seu tempo, revolucionária. Era a favor da educação feminina e contra várias tradições do século XIX, dentre elas a Lei do Morgadio. 

Ilustração: Bruna Lages Veloso
Ilustração: Bruna Lages Veloso

Em 1813, publicou Orgulho e Preconceito, a sua obra-prima, chegando a ser considerado o seu livro mais querido. Neste clássico da literatura mundial, tendo como mote o relacionamento entre os protagonistas Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, Jane constrói uma narrativa sem idealizações, permeada por várias críticas sociais. 

Com uma certa medida de ironia, aliada à comédia, mas também à seriedade, esse romance tem como pano de fundo a burguesia inglesa do início do século XIX, na qual orgulho e preconceito eram tidas como palavras de ordem. 

Os casamentos eram, majoritariamente, pautados em relações econômicas e alianças políticas, bem como eram tidos como uma forma eficaz de ascensão social. 

As mulheres eram completamente dependentes de seus pais, irmãos ou maridos. Quando não pertenciam a classes sociais elevadas e a família era composta apenas por filhas, elas não poderiam, sequer, se tornar herdeiras. 

Capa do livro Orgulho e Preconceito / arquivo pessoal da autora
Capa do livro Orgulho e Preconceito / arquivo pessoal da autora

Todas as posses do pai eram repassadas para o homem de linhagem mais próxima. Essa injustiça era assegurada pela Lei do Morgadio (que foi severamente criticada pela autora, em várias de suas obras). 

No entanto, a sociedade burguesa não era movida somente por riquezas, mas também por favores, por isso, personagens como Mr. Collins (primo e herdeiro da família Bennet) são tão caricaturais: estão sempre prontos para elogiar e obedecer aos caprichos dos mais poderosos, em troca de benefícios. Nesse contexto, vivia Jane Austen e foi essa sociedade que ela pintou, com maestria, em Orgulho e Preconceito


REFERÊNCIA: 

AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito [1813]. Tradução de Lígia Azevedo. São Paulo: DarkSide Books, 2022.

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

As opiniões, crenças e posicionamentos expostos em artigos e/ou textos de opinião não representam a posição do Imirante.com. A responsabilidade pelas publicações destes restringe-se aos respectivos autores.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.