RIO - Conhecido como o país do futebol, o Brasil tem grandes chances de virar sinônimo da terra do vôlei após os Jogos Olímpicos de Atenas. O país tem possibilidade reais de deixar a Grécia com um total de seis medalhas na quadra e na areia.
As seleções brasileiras masculina e feminina chegam às Olimpíadas como forte candidatas não só a chegar ao pódio, mas subir ao degrau mais alto.
O time comandado por Bernardinho comanda a modalidade nos últimos dois anos, ganhando a 'tríplice coroa' (campeão mundial em 2002, Copa do Mundo em 2003 e o bicampeonato da Liga Mundial 2003/04).
Para tentar fechar o ciclo, com o título olímpico, o treinador poderá contar com o capitão Nalbert, que esteve ameaçado de ficar fora dos Jogos devido à uma lesão no ombro.
Se o time masculino vem dominando o cenário mundial desde 2002, a seleção feminina conseguiu superar um mau momento e chega aos Jogos Olímpicos em ascensão. Após problemas de relacionamento com algumas das principais jogadoras e o fracasso no Grand Prix (não chegou entre as seis finalistas), o treinador Marco Aurélio Motta foi substituído por José Roberto Guimarães.
O técnico campeão olímpico em Barcelona-92 (com o time masculino) trouxe Fernanda Venturini de volta à seleção e apazigou os ânimos. E os resultados começaram a aparecer. A equipe ficou em segundo lugar na Copa do Mundo, com apenas uma derrota (para a campeã China), e ganhou o Grand Prix, o que não conseguia desde 1998.
Apesar de desembarcar em Atenas com o título do torneio, derrotando China, Cuba, Estados Unidos e Itália na caminhada, Zé Roberto procura evitar que a euforia tome conta da equipe.
- O título do Grand Prix precisa ser uma página virada. Precisamos colocar os pés no chão e estarmos conscientes das dificuldades que encontraremos em Atenas. Temos condições de ganhar a medalha de ouro, mas não adianta só sonhar. Temos que colocar na cabeça que para conseguir isso precisamos trabalhar e saber que ainda temos algumas coisas para ajustar e dar uma qualidade ainda maior ao nosso jogo.
Na areia, o Brasil tem tradição de subir ao pódio. Desde que a modalidade se tornou olímpica, em Atlanta-96, o país ganhou cinco medalhas em oito possíveis (ouro de Jacqueline e Sandra em Atlanta, prata de Adriana e Mônica, prata de Adriana Behar e Shelda em Sydney-2000, outra prata de Zé Marco e Ricardo, na Austrália, e o bronze de Sandra e Adriana).
Se o feminino tem melhores resultados nos Jogos anteriores, a maior esperança nacional em Atenas está entre os homens. Ricardo e Emanuel são líderes do ranking internacional e bicampeões do Circuito Mundial em 2003 e 2004.
- Estamos em uma chave difícil, são três excelentes duplas, que merecem respeito, mas vamos brigar por uma medalha e queremos a medalha de ouro - disse Ricardo.
O problema é a condição física do jogador, que tenta se recuperar de uma lesão no tornozelo.
O aspecto físico também preocupa a outra dupla brasileira, Benjamin e Márcio, terceiros colocados no ranking de 2003. Benjamin sofreu este ano uma crise de apendicite e teve que abandonar a etapa austríaca devido a uma distensão no abdomên. Mas o jogador mantém a confiança.
- Nossa chave não é fácil, mas acredito que seremos os primeiros. Queremos uma final brasileira em Atenas. O importante, neste momento, é o que já foi feito. Não temos mais o que aperfeiçoar.
No feminino, as americanas Walsh e May são consideradas pelos especialistas as favoritas ao ouro. Mas uma lesão pode tirar May da Olímpiada, o que obrigaria Walsh a formar uma nova parceria, não tão entrosada.
Adriana Behar/Shelda e Ana Paula/Sandra, independentemente da formação americana, estão bem cotadas para o pódio.
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