SÃO LUÍS – O zagueiro Éder Militão emocionou ao admitir, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (8), que pensou em abandonar o futebol após sofrer, em novembro de 2024, uma nova ruptura de ligamento cruzado anterior, desta vez no joelho direito. A lesão ocorreu pouco mais de um ano depois de ele ter enfrentado o mesmo problema no joelho esquerdo.
“Na segunda lesão, passaram muitas coisas pela minha cabeça. Pensei em parar de jogar bola, porque não é fácil, mas com a ajuda da minha esposa, da minha filha e dos companheiros, hoje estou aqui para jogar bem”, confessou o defensor.
Superação e apoio familiar
Éder Militão destacou a importância da fé e do apoio da família durante o processo de recuperação. O jogador ficou cerca de oito meses afastado em cada uma das lesões e comemorou o retorno em alto nível, tanto no Real Madrid quanto na Seleção Brasileira.
“Foram dois anos difíceis, com duas lesões muito complicadas. Na segunda, você encara de outra forma por já saber do processo. Não é fácil, tem que estar muito apegado à família, a Deus... De repente, você fica em casa dependendo de ajuda. Graças a Deus, me recuperei e voltei ao grande nível, o que não é fácil”, relatou.
Versatilidade e foco na Seleção Brasileira
De volta à equipe comandada por Carlo Ancelotti, Militão destacou sua versatilidade em campo. Embora tenha sido lateral-direito em alguns momentos da carreira, como na Copa do Mundo do Catar, o jogador reforçou que atualmente se considera zagueiro.
“Hoje, eu sou zagueiro. Já joguei como lateral no São Paulo, no Porto e na Copa, mas o importante é estar disponível. Onde eu jogar, vou dar o meu máximo para ajudar”, afirmou.
O defensor soma 62 convocações, 35 partidas e dois gols pela Seleção Brasileira.
Relação com Ancelotti e busca por espaço
Militão recebeu o primeiro chamado de Ancelotti desde que o treinador italiano assumiu oficialmente o comando da Seleção. Companheiros de sucesso no Real Madrid, onde conquistaram títulos nacionais e internacionais, os dois mantêm uma relação de confiança e respeito profissional.
Mesmo com o histórico vitorioso, o zagueiro garantiu que não terá facilidades.
“Vou ter que correr atrás desse espaço, porque temos ótimos jogadores. O Ancelotti deixou claro que quem jogar precisa estar 100%. Se eu estiver bem no dia a dia e no clube, vou corresponder com o que ele quer”, explicou.
Confiança no trabalho de Ancelotti
Militão elogiou o perfil de liderança do técnico italiano e acredita que ele pode levar a Seleção a um novo patamar.
“Por tudo o que já ganhou, ele consegue administrar bem o grupo. Ele é companheiro dentro e fora de campo. Faz todos se sentirem importantes, mesmo quem não está jogando. Pela experiência, ele sabe equilibrar o ambiente”, afirmou.
O zagueiro acrescentou que o elenco já começa a assimilar o estilo do treinador.
“Sei que ele vai exigir muito da gente. Depende de nós entender bem o que ele pede e colocar em prática. Nos jogos que tivemos, já deu pra ver um pouco do que ele quer”, completou.
Próximos compromissos da Seleção
Com Éder Militão novamente à disposição, o Brasil enfrenta a Coreia do Sul nesta sexta-feira (10), às 8h (de Brasília), no Estádio da Copa do Mundo de Seul. Na sequência, a equipe encara o Japão, na terça-feira (14), às 7h30, no Estádio de Tóquio.
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