SÃO LUÍS - Nesta terça-feira (3), a psicóloga e especialista em Psicoterapias Comportamentais, Adriana Lobão, e a nutricionista e especialista em nutrição clínica esportiva Mirella Gonçalves foram as entrevistadas da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre o transtorno de compulsão alimentar.
A compulsão alimentar é um transtorno alimentar cuja principal característica é a ingestão, durante um curto período de tempo, de uma quantidade de alimentos muito maior do que a maioria das pessoas comeria naquela circunstância, e esse episódio é normalmente ligado à sensação de falta de controle, de não conseguir parar de comer ou controlar a quantidade do que está comendo. E, diferentemente do que se possa pensar, a compulsão não acontece somente com doces. Os episódios compulsivos também podem ocorrer com salgados, incluindo alimentos consumidos nas refeições principais ou fora delas.
“A compulsão alimentar nem sempre está associada com a fome. Então, a gente precisa fazer essa diferenciação entre o que é compulsão alimentar e o que é exagero alimentar. Exagero alimentar, todo mundo, em algum momento da vida, comete o exagero alimentar, comer um pouquinho a mais, a comida está muito gostosa, porque está com uma fome muito maior, porque passou muito tempo sem comer, todo mundo, em algum momento vai apresentar o exagero alimentar, mas a compulsão alimentar, ela não está necessariamente ligada a fome, é uma necessidade de comer, não está ligada a uma fome física, mas provavelmente é uma fome emocional. Aí, ela advém muito dessa dificuldade de lidar com emoções. Tem emoções que podem ser desafiadoras. Então, a comida representa muito um prazer que é satisfeito imediatamente. Então, você tem aquela necessidade de um conforto ou de uma fuga de um sentimento que é muito desafiador, e a comida representa muito esse prazer imediato”, destacou Adriana Lobão.
“Eu costumo sempre ver com os meus pacientes o que eles estão comendo, se eles estão comendo para ter a necessidade física e diária e para ter energia, porque a gente precisa comer para ter energia para as nossas atividades, mas eles estão comendo o quê? A tristeza, a ansiedade ou a alegria. Então, ah, eu consegui alguma coisa, eu vou comer porque eu estou muito feliz, então eu mereço comer. Ah, eu não consegui bater minha meta, então eu vou comer porque eu estou triste. Então, eu estou comendo por quê? É para eu ter realmente a necessidade de ter energia e fazer as coisas cotidianas, diariamente, como a gente precisa de fato da alimentação para ter energia, ou eu estou comendo as minhas emoções?”, afirmou Mirella Gonçalves.
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