Posse de Trump

Alexandre de Moraes nega recurso de Bolsonaro para reaver passaporte

Alexandre de Moraes já havia negado um primeiro pedido de Bolsonaro, alegando que há uma "possibilidade de tentativa de evasão" por parte do ex-presidente.

Ipolítica

Bolsonaro não conseguiu reaver passaporte junto ao STF
Bolsonaro não conseguiu reaver passaporte junto ao STF (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um recurso apresentado pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para reaver seu passaporte. O objetivo do ex-presidente era comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na última quinta-feira (16) Alexandre de Moraes já havia negado um primeiro pedido de Bolsonaro, alegando que há uma "possibilidade de tentativa de evasão" por parte do ex-presidente. 

"Mantenho a decisão que indeferiu os pedidos formulados por Jair Messias Bolsonaro por seus próprios fundamentos", sustentou o ministro do STF. Ele também determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até cinco dias.

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Rejeição

Na quinta-feira o ministro apontou que a defesa, mesmo após solicitada a complementar informações, não juntou aos autos documento que demonstre a existência de convite do presidente eleito dos EUA a Bolsonaro, conforme alegado no pedido.

Em relação à devolução do passaporte, o ministro Alexandre lembrou que a Primeira Turma da Corte já negou pedido da defesa para revogação de medidas cautelares. Segundo o ministro, a nova solicitação não traz elementos que autorizem a alteração do entendimento do colegiado. Ao contrário, segundo o relator, o quadro se agravou depois que a Polícia Federal indiciou 37 pessoas, entre elas Bolsonaro, em inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Além disso, o ministro Alexandre salientou que o ex-presidente, em entrevista a veículo de imprensa, “cogitou a possibilidade de evadir-se e solicitar asilo político para evitar eventual responsabilização penal no Brasil”. Destacou, ainda, que Bolsonaro tem se manifestado publicamente de forma favorável à fuga de condenados pelos ataques de 8 de janeiro e sua permanência clandestina no exterior, em especial na Argentina.

Esse posicionamento, segundo o ministro, visa evitar a aplicação da lei penal e das decisões judiciais definitivas do STF. “As circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado demonstram a adequação da medida à gravidade dos crimes imputados e sua necessidade para aplicação da lei penal e efetividade da instrução criminal”, concluiu.

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