CAXIAS — O Poder Judiciário da Comarca de Caxias pronunciou Leandro da Silva Sousa para julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele é acusado de matar delegado Márcio Mendes Silveira e ferir dois investigadores durante o cumprimento de um mandado de prisão em 10 de julho de 2025, na zona rural do município.
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Crimes imputados ao réu
Além do homicídio contra o delegado, Leandro também responderá por:
- Duas tentativas de homicídio qualificado
- Crime de receptação
De acordo com a decisão judicial, há indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes, o que obriga a remessa do caso ao Tribunal do Júri, responsável por julgar delitos dolosos contra a vida.
Dinâmica do crime
As investigações apontam que o delegado Márcio Mendes e dois investigadores foram ao povoado Jenipapeiro para cumprir um mandado de prisão por roubo contra Leandro. Assim que chegaram ao local, os policiais foram recebidos a tiros de espingarda.
- O delegado foi atingido no pescoço e morreu no local
- Os dois investigadores sofreram ferimentos leves e foram socorridos
Decisão judicial
A sentença reforça que, nesta fase do processo, bastam indícios de autoria e prova da materialidade para o envio ao júri. Questões como qualificadoras ou a intensidade do dolo deverão ser analisadas pelos jurados.
O documento afirma: “Devem os crimes contra a vida imputados ao acusado serem julgados pelo Tribunal do Júri, juntamente ao crime conexo de receptação.”
Prisão preventiva mantida
A Justiça também manteve a prisão preventiva de Leandro, justificando a decisão pela gravidade dos crimes e pelo risco de fuga. Ele está detido desde 11 de julho de 2025. A defesa ainda pode recorrer da decisão.
Entenda o crime
Leandro da Silva Sousa é investigado por roubo e era alvo de um mandado de prisão preventiva. Segundo a polícia, o delegado Márcio e outros dois agentes foram até um povoado na Zona Rural de Caxias, por volta das 6h da manhã, para cumprir um mandado de prisão contra Leandro da Silva Sousa pelo crime de roubo.
No entanto, ao chegarem na residência de Leandro, os três foram recebidos por tiros de espingarda. Márcio foi atingido na região do pescoço e morreu ainda no local, enquanto os outros dois agentes ficaram feridos, porém com menos gravidade. Ambos estão internados em um hospital em Teresina, no Piauí.
Segundo a Polícia Civil, a arma do crime ainda não foi localizada.
Quem era o delegado?
Márcio Mendes Silveira tinha 51 anos e era profissional do 4º Distrito Policial de Caxias, responsável pelas investigações de crimes na Região Leste do Maranhão. Ele era filho de um casal de médicos oftalmologistas que atua em Teresina e deixa dois filhos, de 27 e 19 anos.
"Era um grande profissional e sempre disponível", lamentou o delegado da Regional de Caxias, Jair Paiva.
Márcio era natural de Fortaleza, no Ceará, mas atualmente morava em Teresina, no Piauí. Atuando há mais de 10 anos do quadro da Polícia Civil do Maranhão, ele já tinha atuado em Trizidela do Vale, em Coelho Neto por quatro anos, e há cerca de três anos estava no 4º Distrito de Caxias.
O corpo de Márcio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal em Timon, onde passou por autópsia. Após a liberação, foi levado para o velório, que acontece em Teresina.
Em cerimônia restrita à família, o corpo foi velado na capela de um cemitério privado na Zona Sudeste de Teresina. O enterro aconteceu na sexta-feira (11), às 14h no local. Muito consternados, familiares e amigos não quiseram gravar entrevista.
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