Saneamento básico e meio ambiente no século XXI
Nos últimos 20 anos as principais empresas de saneamento básico do país vêm se ajustando a uma atuação cada vez mais comprometida com a defesa do meio ambiente.
No dia 5 de junho, dia mundial do meio ambiente, inicia o chamamento público global para a preocupação com a preservação e conservação dos recursos naturais. Essa dinâmica vem sendo construída desde 1972 a partir da Conferência de Estocolmo na capital da Suécia sobre meio ambiente, onde as empresas e organizações sociais se deram conta de que o modo de produção capitalista com a lógica consumista e produção em massa de mercadorias estavam levando ao esgotamento dos recursos naturais. Outro aspecto é a ampliação da poluição nunca antes vista na história da humanidade resultante de atividades antrópicas.
Neste cenário busca-se fazer com que as empresas passem a ter uma nova consciência do ponto de vista do tratamento com as questões ambientais. No ano de 2023 a Organização das Nações Unidas lança a preocupação com a poluição plástica. Ou seja, são inquestionáveis os benefícios econômicos e a praticidade do uso de embalagens plásticas no dia a dia das pessoas. No entanto, o que se tem presenciado é o descarte inadequado dos resíduos plásticos no meio ambiente e lamentavelmente nas galerias de águas pluviais, nos córregos o que terminam sendo conduzidas para os rios e oceanos. Assim vitimando várias espécies aquáticas e marinhas, além da poluição dos mananciais superficiais o que torna mais difícil o acesso à água de qualidade para o tratamento e distribuição para uso humano.
Neste aspecto o saneamento básico no que tange ao abastecimento de água e esgotamento sanitário, sendo uma pratica de limpar a água para torná-la potável ao uso humano e posteriormente fazer a coleta da água servida que é comumente chamada de “esgoto” com o objetivo de tratar e devolver ao meio ambiente na forma mais limpa possível precisa perceber a importância da proteção do meio ambiente. De tal maneira que a conservação dos recursos hídricos é de fundamental importância e interesse direto das companhias de saneamento básico. Pois os mananciais de águas superficiais são fontes de matéria prima para a produção de água potável. Bem como espaços para o lançamento de efluentes tratados.
Com base no já escrito é importante entender que as empresas e autarquias que atuam no setor de saneamento básico precisam ter compromisso permanente com a Responsabilidade Socioambiental, onde o respeito ao meio ambiente e em particular aos recursos hídricos devem ser sempre a grande preocupação. Os autores Paganini, Furukawa e Bocchigliri (2012) afirmam que é necessária uma intervenção no efeito com ações de combate aos impactos ambientais negativos provocados pelos serviços de saneamento, bem como uma atuação na causa buscando prevenir impactos ambientais negativos.
Nos últimos 20 anos as principais empresas de saneamento básico do país vêm se ajustando a uma atuação cada vez mais comprometida com a
defesa do meio ambiente. Assim as empresas têm instituído política ambiental com diretrizes para a construção de diagnósticos visando conhecer a realidade e assim estabelecer metas para superar os passivos ambientais.
O século XXI tem demonstrado cada vez mais que as empresas e a sociedade precisam ter visão sistêmica do meio ambiente com ações planejadas e integradas garantido a sustentabilidade dos processos na dimensão econômica, social e ambiental. A proteção dos ecossistemas com a preservação do intocável e a conservação dos recursos usados para o bem-estar social e desenvolvimento industrial é parte necessária da visão socioambiental. Neste aspecto é muito importante o estímulo à gestão democrática dos recursos hídricos centrando na proteção e no uso social da água (PAGANINI, FURUKAWA E BOCCHIGLIERI; 2012).
A produção de água tratada produz os resíduos e devem ser tratados e destinados adequadamente. No processo de tratamento de esgoto também geram se resíduos e precisam ser destinados para a economia ou para um local adequado. Como visto é necessário que as empresas e autarquias de saneamento básico instalem os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) nas estruturas de saneamento básico, tanto nas Estações de Tratamento de Água (ETA), bem como nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE).
As empresas e autarquias de saneamento básico no Brasil além de ter de garantir a universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, onde os indicadores são ainda muito desiguais de região para região. Também se deve levar em consideração a necessidade de investimentos em programas e projetos socioambientais. Pois é necessário reduzir o passivo acumulado por décadas. A educação Ambiental e as boas práticas ambientais é um caminho para fortalecer uma sociedade equilibrada do ponto de vista social e ambiental.
Por fim, será interessante que as empresas constituam formas de garantir a participação social no controle e fiscalização dos serviços
de abastecimento de água e esgotamento sanitário visando a proteção dos recursos hídricos e o uso racional da água potável.
Saiba quem disputa as eleições em São Luís.
Saiba Mais
As opiniões, crenças e posicionamentos expostos em artigos e/ou textos de opinião não representam a posição do Imirante.com. A responsabilidade pelas publicações destes restringe-se aos respectivos autores.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.