BRASÍLIA - Nikolas Ferreira, presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, anunciou a criação de um Grupo de Trabalho para debater a prolongada greve nas universidades e Institutos Federais (IFs) do Brasil. Com quase 60 dias de duração, a greve já afetou mais de 100 instituições, impactando aproximadamente 400 campi em todo o país.
No Maranhão, a greve afeta técnicos e professores na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e em todos os 25 campi do IF do estado.
Ferreira expressou preocupação com a falta de diálogo entre o governo e os profissionais da educação, apontando que a situação exige uma ação imediata do Parlamento para mediar e resolver as demandas dos educadores. Segundo ele, é essencial que a Comissão de Educação atue ativamente para encerrar a greve.
"Acabo de protocolar um requerimento para criação de Grupo de Trabalho na Comissão de Educação com o objetivo de debater a greve das Universidades e IFs no país. Já são quase 60 dias de greve, mais de 100 instituições paralisadas, atingindo um total de 400 campus em todo o país. A falta de diálogo do Governo Lula não é só com o Congresso Nacional, mas também com os profissionais da educação e alunos. É hora do Parlamento, sobretudo a Comissão de Educação articular e cooperar para que as demandas necessárias sejam atendidas e a greve se encerre.", escreveu em suas redes sociais.
SOBRE A GREVE
Iniciada em abril, a greve envolve ao menos 54 universidades, 51 institutos federais e o Colégio Pedro II. Os professores e servidores reivindicam a reestruturação de carreiras, recomposição salarial e orçamentária, e a revogação de normas dos governos anteriores. A situação salarial dos docentes apresenta uma defasagem acumulada de 22,71% desde 2016. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) têm liderado as negociações, rejeitando propostas governamentais recentes que não atendem plenamente suas exigências.
Recentemente, um acordo proposto pelo governo foi aceito pela Proifes-Federação, mas rejeitado por outros sindicatos relevantes, mantendo a greve ativa em várias instituições. A situação continua tensa, com o Ministério da Educação declarando estar aberto ao diálogo, enquanto os sindicatos buscam melhores condições para encerrar a paralisação.
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