Outro caso

Em 2008, assim como em Imperatriz, Fortaleza também ficou sem prefeito

Na época, Luizianne Lins viajou para os Estados Unidos e seu vice e o presidente da Câmara de Vereadores não assumiram o mandato; juiz e procurador-geral chegaram a comandar a capital cearense na ocasião.

Carla Lima/Ipolítica

Atualizada em 13/08/2024 às 18h57
Com o casamento do prefeito Assis Ramos, Imperatriz está sem comando e Câmara quer paradeiro do vie-prefeito
Com o casamento do prefeito Assis Ramos, Imperatriz está sem comando e Câmara quer paradeiro do vie-prefeito (Redes sociais)

SÃO LUÍS - A situação de Imperatriz que está sem prefeito não é a primeira que ocorre no Brasil. Em 2008, a então prefeito de Fortaleza Luiziane Lins (na época no PT) viajou para os Estados Unidos para passar 21 dias. Nesta ocasião, nem o vice e nem o presidente da Câmara quis assumir o comando da capital cearense.

Era época de eleição assim como ocorre agora em 2024. Aqui, Assis Ramos (União), prefeito de Imperatriz, casa e sai em lua de mel para fora do Brasil. O vice-prefeito, Alcemir Costa (Pode), desaparece e não assume o cargo. O presidente da Câmara, Alberto Sousa (PDT), também não aceitou a missão de oito dias.

E, com isso, Imperatriz está em um comandante no momento. A Câmara Municipal está debruçada primeiro para saber do paradeiro de Acelmir Costa e depois para saber o que fazer durante estes dias.

Lá em Fortaleza, em 2008, ocorreu caso parecido. Como a ausência de Lins era de mais de 20 dias, ela precisou voltar a capital do Ceará para passar o comando da cidade para o seu procurador-geral do Município, Martônio Mont'Alverne.

Só quea Associação de Magistrados do Ceará se opôs e entrou com ação judicial para empossar no lugar de Luizianne Lins o juiz mais antigo, Martônio Vasconcelos, e conseguiu. No entanto, a confusão parou no Supremo Tribunal Federal (STF) e o magistrado foi retirado do cargo.

Por mais de duas semanas, Fortaleza ficou na incerteza sobre quem estava administrando o município.

Imperatriz está em seu segundo dia na mesma situação, apesar de alguém da Prefeitura ter emitido nota dizendo que o prefeito está de forma remota no comando da cidade, o que não tem amparo legal algum.

Um exemplo de que o gestor se licencia ao deixar o Brasil foi a recente ida do governador Carlos Brandão (PSB) a Índia. Na ocasião, assumiu o governo Felipe Camarão (PT), como prevê a Constituição Federal. E como Imperatriz faz parte do Brasil, deve seguir o que prevê a constituição.

Resta saber agora quem será responsabilizado pela falta de prefeito na segunda maior cidade do Maranhão.

Situação muito inusitada, no mínimo!

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