Política hereditária: deputados e senadora buscam colocar parentes na Câmara de SL

SÃO LUÍS -A disputa por uma vaga na Câmara Municipal de São Luís tem 514 candidatos. É uma média de 16,5 candidatos por cadeira. Desses postulantes, pelo menos sete nomes são parentes de políticos que tem mandato ou que já estiveram recentemente em um cargo eletivo.

Transformar a política é "coisas de família" não é novidade no Maranhão. Recentemente, na disputa para a Assembleia Legislativa, dos eleitos, 38% são de parentes de prefeitos. Isso sem falar na disputa para prefeito que tem filhos, sobrinhos, netos, esposas, maridos de prefeitos ou ex-prefeitos.

O próprio prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), filho de um ex-deputado, tem um irmão deputado estadual, o Fernando Braide (PSD), eleito na época em que o irmão já estava no Poder Executivo da capital.

E, em 2024, outros políticos seguem o exemplo da “política hereditária” colocando parentes para disputar uma vaga na Câmara Municipal de São Luís.

O deputado Neto Evangelista (PSD), por exemplo, quer a esposa, Thay Evangelista, como vereadora de São Luís. Ela tem parentesco com outra política, a mãe, Maura Jorge, que é prefeita de Lago da Pedra.

Outro deputado que quer colocar a esposa no legislativo é Osmar Gomes (PDT). Apesar de ser pedetista, ele filiou Clara Gomes no PSD para tentar fazer a mulher vereadora de São Luís.

A lista da hereditariedade não termina ainda. O deputado Antônio Pereira (PP) lançou o seu filho, Bernardo Pereira, para a disputa na capital.  Também quer fazer o filho um vereador o deputado federal Fábio Macedo, que determinou a saída de quatro vereadores de mandato do Podemos - partido que ele comanda - para deixar as chances maiores para Fábio Macedo Filho.

Até a senadora Eliziane Gama (PSD) tem uma parente na disputa. O irmão da senadora, Eliel Gama, quer eleger a esposa, Alexandra Gama (Cidadania/PSDB), vereadora de São Luís.

Além desses nomes de parentes de políticos, na lista dos postulantes a vereador tem ainda Josélia Rodrigues, esposa do vereadora cassado, Domingos Paz (DC), Octávio Soeiro (PSB), que concorre a reeleição, e é filho de um ex-vereador e uma ex-vereadora.

São muitos os sobrenomes da "política hereditária" no Maranhão. 

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