Em São Luís

Vigilante que matou corretor de imóveis em petshop vai cumprir pena em regime aberto

O crime aconteceu no dia 9 de maio de 2022, no estacionamento de um petshop localizado na Avenida Daniel de La Touche, em São Luís. Edson se entregou dois dias depois.

Imirante.com

Atualizada em 13/12/2024 às 15h40
No entanto, ao final do julgamento, Edson foi condenado por 'homicídio privilegiado', de acordo com o pedido do Ministério Público.
No entanto, ao final do julgamento, Edson foi condenado por 'homicídio privilegiado', de acordo com o pedido do Ministério Público. (Foto: reprodução)

SÃO LUÍS - O vigilante e auxiliar penitenciário Edson Guedes foi condenado a quatro anos de prisão após confessar que matou a tiros o corretor de imóveis e professor de educação física Dino Márcio, de 47 anos. Entretanto, ele cumprirá a pena em regime aberto. O crime aconteceu no dia 9 de maio de 2022, no estacionamento de um petshop localizado na Avenida Daniel de La Touche, em São Luís. Edson se entregou dois dias depois.

O vigilante chegou a ficar preso na Penitenciária de Pedrinhas, na capital, e aguardava julgamento, que aconteceu mais de dois anos após o crime, no dia 6 de dezembro deste ano. O Ministério Público entendeu que houve homicídio simples e Edson foi levado a júri popular. Os jurados entenderam que Edson foi o autor do assassinato e o próprio réu também confessou que atirou contra Dino Márcio.

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No entanto, ao final do julgamento, Edson foi condenado por 'homicídio privilegiado', de acordo com o pedido do Ministério Público, e os jurados entenderam que ele agiu 'sob forte emoção' durante o crime. No caso do homicídio privilegiado, a justiça considera a conduta do autor menos reprovável aos olhos da lei, o que serve de atenuante para a pena.

O juiz Gilberto de Moura Lima, portanto, fixou a condenação de Edson por 'homicídio simples', na pena mínima de seis anos; e, posteriormente, a pena foi reduzida ainda mais pelo atenuante de 'homicídio privilegiado'.

"Revelam os autos que o acusado é um cidadão de bem, trabalhador, pai de família, sem nenhuma mácula que venha desabonar a sua conduta, de modo que os fatos narrados nos autos foi um desatino isolado na sua vida, tudo em decorrência das graves ofensas e provocações da vítima, motivo pelo qual entendo como razoável e eficaz seja a pena reduzida em seu máximo legal permitido, ou seja, em 1/3 (um terço)", declarou Gilberto de Moura, juiz presidente do 1º Tribunal Popular do Júri de São Luís.

Desse modo, Edson teve pena fixada em quatro anos de prisão, devendo ser cumprida inicialmente em regime aberto.

Morte após discussão

O corpo da vítima foi enterrado no dia 10 de maio de 2022, no Cemitério do Gavião, em São Luís. Depois, parentes e amigos da vítima realizaram um protesto pacífico acendendo velas na porta do pet shop onde o crime aconteceu.

"Uma dor que a gente não consegue encontrar palavras pra gente mensurar. Nós, como amigos, nos sentimos indignados pela forma como aconteceu. Pela forma como ele foi assassinado", disse Célia Batista, amiga de Dino, na época.

"Não tem adjetivos, nem qualidades para descrever o que ele era. Uma pessoa do bem mesmo, um homem bom", descreveu outro amigo de Dino Márcio, Miguel Evangelista.

De acordo com informações policiais, Dino teria ido ao estabelecimento fazer a troca de um produto. Houve uma discussão e o vigilante do estabelecimento teria atirado três vezes no corretor de imóveis, que ainda foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu.

"Nessa discussão, o vigilante acabou sacando uma arma e disparou contra a vítima por três vezes, uma no peito, e duas na região das costas", declarou o delegado Felipe César.

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