Venda direta de etanol é aprovada no Maranhão
Essa medida elimina a necessidade de passar pelas distribuidoras, o que frequentemente elevava os custos devido as despesas como o "frete morto".
Uma excelente notícia para os maranhenses. Foi aprovado o decreto que permite a venda direta de etanol da indústria para os postos de combustíveis no Maranhão. Essa medida elimina a necessidade de passar pelas distribuidoras, o que frequentemente elevava os custos devido as despesas como o "frete morto", um custo adicional gerado pelo transporte do etanol para as distribuidoras e, posteriormente, para os postos.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto entre o SINDICANÁLCOOL (Sindicato dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Maranhão e do Pará), o governo do Estado do Maranhão e suas secretarias estaduais SEFAZ, SAGRIMA e SEINC. Essa colaboração demonstra o compromisso do governo em buscar alternativas para impulsionar a economia local e beneficiar a população. Com cerca de 85% da frota de veículos leves e motocicletas no estado equipada com motores flex (álcool/gasolina), o Maranhão possui um grande potencial para aumentar rapidamente, o consumo do etanol como combustível. A demanda por essa opção mais econômica, especialmente para os consumidores de baixa renda, é evidente. Infelizmente, a falta de etanol nos postos de combustíveis fora dos grandes centros urbanos é uma realidade frequente no Maranhão. Em um cenário inflacionário como o atual, em que os custos com alimentação e transporte têm um peso significativo no orçamento das famílias, o impacto positivo desse decreto é ainda mais relevante.
A aprovação da venda direta de etanol coincide com a iminente inauguração da indústria INPASA no município de Balsas. Com capacidade para processar um milhão de toneladas de cereais e produzir 460 milhões de litros de etanol, a INPASA promete impulsionar a oferta do combustível e, consequentemente, reduzir os preços para o consumidor final.
Representantes das indústrias e membros do SINDICANÁLCOOL destacaram o potencial econômico e os benefícios para a população. No entanto, alertaram para a necessidade de agilizar e simplificar o processo de instalação de novas bombas e tanques de etanol nos postos de combustíveis que ainda não estão adaptados a essa demanda. Esse processo envolve autorizações e licenças de órgãos estaduais e municipais, além de investimento financeiro privado. O governo do estado demonstra visão ao apoiar a expansão da agroindústria no Maranhão. A medida da venda direta de etanol, juntamente com a chegada da INPASA, representa um passo importante para impulsionar a economia local, gerar empregos, renda, arrecadação de impostos e oferecer um combustível mais acessível e sustentável para a população.
O vice-presidente da INPASA, Rafael Ranzolin, detalhou e compara as experiências das etapas de suas outras plantas industriais em outros estados, após o início das operações, mencionando os benefícios econômicos e sociais que a empresa trará para a região, como a injeção permanente do fluxo de capital usado para os pagamentos de produtores e fornecedores, o faturamento das vendas de seus produtos (etanol, DDGS, óleo premium e gigawatts de energia elétrica) e o impulsionamento indireto de outros setores, como o do comércio e serviços. Lembrou também que, a INPASA tem um expressivo investimento em tecnologia, que gera uma alta eficiência logística, redução de tempo de produção e custos operacionais, aproveitando ao máximo a sua capacidade.
Concluo que, estou orgulhoso como profissional e como cidadão maranhense que passou muito tempo fora, a aprovação da venda direta de etanol no Maranhão é uma medida promissora que vai trazer diversos benefícios para a população, como a redução dos preços do combustível, o aumento da oferta e a geração de empregos. Essa parceria entre o governo e setor produtivo demonstram o compromisso em buscar soluções para os desafios do estado e impulsionar o desenvolvimento econômico e social. Com perspectivas de novos investimentos, o futuro do etanol no Maranhão é promissor. Além disso, informo que, existem estudos em andamento da Control Risk Analytics e governo do estado (SEDEPE), para viabilizar a expansão da produção de proteína animal e a industrialização de ração animal e alimentos. Esses estudos, serão compartilhados com todos em breve.
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