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De Olho na Economia
É economista com experiência nacional e internacional em análises macroeconômicas e microeconômicas. Possui habilidade em análises setoriais, gestão do capital humano, orçamentos e finanças.
Economia

Investimentos para combater a inflação

Pois bem, diante desse cenário, vou compartilhar algumas das estratégias que utilizo para gerenciar meus investimentos atualmente.

Wagner Matos / Economista

Atualizada em 25/03/2025 às 10h18
Com a taxa de juros subindo e a inflação acima de 5% ao ano, nós que conseguimos guardar algum dinheiro ou investem precisam pensar em melhoras constantes em rentabilidade.
Com a taxa de juros subindo e a inflação acima de 5% ao ano, nós que conseguimos guardar algum dinheiro ou investem precisam pensar em melhoras constantes em rentabilidade. (Foto: Divulgação)

Recentemente, tivemos a decisão por maioria, a elevação da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central. A elevação foi de 1 ponto percentual, a taxa passou a valer 14,25% ao ano. Foi a medida que o banco central adotou para controlar o consumo e a inflação. E muitas pessoas, me perguntam como lido como meus investimentos. Pois bem, diante desse cenário, vou compartilhar algumas das estratégias que utilizo para gerenciar meus investimentos atualmente.

Com a taxa de juros subindo e a inflação acima de 5% ao ano, nós que conseguimos guardar algum dinheiro ou investem precisam pensar em melhoras constantes em rentabilidade. Diante dessa situação, existem algumas opções de investimento que podem ser boas, dependendo do que cada um procura e por quanto tempo quer investir. Algumas dessas opções são: títulos do governo que pagam uma taxa fixa ou que acompanham um indexador, tipo, a inflação ou taxa SELIC (taxa básica de juros da economia), os CDBs, que são como um empréstimo que você faz para o banco e a compra de dólares. Abaixo, vamos explicar melhor cada uma dessas opções.

Os títulos públicos de renda fixa prefixados com pagamentos de juros semestrais são aqueles em que o investidor sabe exatamente qual será a taxa de juros que irá receber no momento da aplicação. Essa taxa é definida no momento da compra do título. O principal risco em investimentos prefixados é a inflação. Se a inflação for maior que a taxa de juros acordada, o poder de compra do investidor pode ser corroído.

Os títulos públicos de renda fixa pós-fixados com pagamentos de juros semestrais são aqueles cuja rentabilidade está atrelada a um indicador de referência, como a taxa Selic ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, que mede a inflação oficial do país). A rentabilidade final do investimento não é definida no momento da aplicação, mas sim ao longo do tempo, acompanhando a variação do indicador escolhido. A rentabilidade é "indexada" a um indicador específico, garantindo que o investidor acompanhe o desempenho da economia ou a inflação.

A escolha entre títulos prefixados e pós-fixados depende dos seus objetivos e do prazo do investimento. Para objetivos de curto prazo e reserva de emergência, o Tesouro Selic é uma opção interessante. Para objetivos de longo prazo e proteção contra a inflação, o Tesouro IPCA+ pode ser mais adequado.

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa pré ou pós-fixado, emitido por bancos comerciais, múltiplos ou de investimento para captar recursos de investidores. Funciona de forma semelhante a um empréstimo que você faz ao banco por um período determinado, e em troca, o banco remunera com juros sobre o valor investido. Recomendado para investimentos no máximo 60 dias, acima disso compare com outros produtos financeiros.

O dólar é uma excelente opção de investimento e tem boa liquidez, pois proporciona proteção contra a desvalorização do real (R$) e inflação. Além, de reduzir a exposição ao risco econômico e político do Brasil. A compra periódica acaba formando um preço médio e abre a possibilidade de investimentos em outros países.

Em resumo, diante do cenário econômico atual, caracterizado pela elevação da taxa básica de juros e uma inflação persistente, torna-se crucial para investidores e poupadores reavaliarem suas estratégias de alocação de capital. As opções apresentadas, como os títulos públicos de renda fixa prefixados e pós-fixados, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e a aquisição de dólares, surgem como alternativas a serem consideradas. A diversificação e a compreensão das características de cada instrumento financeiro, aliadas à análise dos objetivos e do perfil de risco individual, são elementos chave para tomar decisões de investimento mais assertivas e buscar uma proteção efetiva do capital em um ambiente econômico desafiador.

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