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Nunca "é pelo povo do MA", é pelo espaço de poder nosso de cada dia

Guerra na Assembleia Legislativa deixa claro que a crise política na base governista passa pela luta por espaços de poder.

Ipolítica

Atualizada em 03/07/2025 às 11h31
Adelmo Soares foi alvo de duras críticas porque sugeriu que o PCdoB entregue os quase 300 cargos que ocupam no governo
Adelmo Soares foi alvo de duras críticas porque sugeriu que o PCdoB entregue os quase 300 cargos que ocupam no governo (Divulgação)

SÃO LUÍS - Os embates entre governistas e os governistas de oposição na Assembleia Legislativa teve o tom aumentado após a sugestão do deputado Adelmo Soares (PSB) de que o PCdoB entregue os cargos que tem no governo que vem fazendo críticas. 

O tom foi tão alto que o ministro Flávio Dino foi comparado a Jesus Cristo que foi traído e teve seu nome “negado por três vezes”. 

Mas, afinal, porque tal revolta por uma simples sugestão de entregar os cargos comissionados que os comunistas têm no governo? Por que, pelo que dizem os governistas de oposição, a Secretaria Estadual de Cidades (Secid) não tem estrutura alguma.

Mas não é bem assim. Levantamento da coluna no portal da Transparência do governo mostra que a Secid tem 280 cargos comissionados em sua estrutura, que é de total domínio do deputado federal, Márcio Jerry (PCdoB). E os cargos dados para os governistas de oposição não terminam por aí.

Na Secretaria de Articulação Política, por exemplo, são 20 cargos ocupados por indicados do grupinho. No Hospital Aquiles Lisboa são 150 indicações dos governistas de oposição. Tem outros 53 na área da Saúde que são atribuídos ao deputado Carlos Lula (PSB), que negou à coluna ter qualquer indicado ainda no governo. Agerp são 30 cargos e na Educação, 60 indicações.

Com mais de 500 cargos comissionados (fora os da saúde que são de carteira assinada), é possível entender a necessidade de aumentar as críticas aos governistas que se atrevem a falar de entrega de cargos.

Mas para além do debate de quem está correto ou não sobre entregar cargo comissionado, o mais relevante é entender como a estrutura pública é usada abertamente para os político se manterem no poder, fazerem jogos de toma lá da cá e o governo conseguir aprovar o que bem entender na Assembleia Legislativa.

Nunca é “pelo povo do Maranhão”. A traição é por falta de mais e mais espaços de poder. É pelo uso dos espaços dados sem entregar a subserviência ao Palácio dos Leões.

Em tempo…

Sobre entrega de cargos no governo, o presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, foi procurado pela coluna para comentar a sugestão de Adelmo Soares.

Ele nada comentou preferindo o silêncio e nem disse se ele entregará a Secid. De repende, o comunista n

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