Brandão reúne com João Campos em encontro tenso em Brasília
Mesmo mostrando os números sobre o PSB no Maranhão, Brandão não conseguiu evitar a decisão da direção nacional de mudar o comando do partido no estado; pedido supremo foi decisivo para a troca de presidente no MA.
SÃO LUÍS - Ficou para a próxima semana, a oficialização da mudança de comando do PSB do Maranhão. Isso depois de uma reunião tensa entre o governador Carlos Brandão (ainda presidente estadual do partido) e o presidente nacional da sigla, João Campos. Inicialmente, o encontro foi para que Brandão fosse comunicado sobre as mudanças, mas após a apresentação dos resultados da legenda no estado, foi adiada a troca de presidente.
O governador mostrou o número de prefeitos eleitos, vereadores também e ainda a nominata para deputado federal que está sendo construída. À coluna, Carlos Brandão disse que continuará no comando do PSB. "Foi uma reunião de trabalho muito proveitosa, em que apresentamos as nominatas dos deputados federais para as próximas eleições e debatemos questões internas do partido para o ano de 2026. Seguimos no comando e trabalhando para que o PSB continue forte e crescendo cada vez mais no Maranhão”, disse.
No entanto, a situação não é exatamente assim. Haverá sim a troca de presidente apesar dos dados apresentados a João Campos. O presidente nacional do PSB disse que não tem como não atender um pedido feito por um ministro da Praça dos Três Poderes. E Brandão tem a consciência disso.
O governador chegou a dizer que falaria com o presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre a situação. Prometeu colocar o sobrinho, Orleans Brandão (MDB), no PSB para disputar as eleições de 2026 e que conseguirá eleger três deputados federais.
Mas de nada adiantará porque o pedido supremo foi feito e Pedro Campos não deixará de atender.
E a mudança na presidência do PSB não somente demonstra uma derrota para o governador Carlos Brandão (que deverá levar para outro partido a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, sete vereadores de São Luís e mais 19 prefeitos), mas também a clara intenção do minsitro Flávio Dino de retornar à política, possibilidade, por sinal, ventilada desde o primeiro dia em que ele foi convidado para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF).
Dino toma de novo o PSB, dá para o principal adversário de Carlos Brandão, Othelino Neto (Solidariedade), e marca espaço para um provável novo futuro político e promover uma situação vexatória para o seu inimigo.
É uma guerra com armas que não deveriam ser usadas e com guerreiro que não pode entrar no comante político. Assim é a disputa eleitoral no Maranhão, que deve ficar ainda mais acirrada até 2026 chegar.
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