Sem festejos

Bacabal fica sem festejo junino oficial

Abel Carvalho/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h15

BACABAL – Pela primeira vez em toda a sua história recente o município de Bacabal e seus moradores não comemorarão as festas juninas com uma programação e um evento oficial promovido pela prefeitura municipal da cidade. O anúncio da desistência do município em promover um “festejo oficial” foi feito pela secretaria municipal de cultura Carmem Xavier. Ela alegou que “a prefeitura não promoverá um arraial oficial em função da declaração de situação anormal caracterizada como situação de emergência em áreas do município de Bacabal afetadas por enchentes ou inundações graduais”.

A decisão da prefeitura de Bacabal em não realizar uma festa oficial pegou a produtores culturais, folcloristas, barraqueiros e vendedores ambulantes de surpresa. Todos alegam que sofrerão grandes prejuízos. Produtores culturais e folcloristas explicam que já investiram na compra e confecção de indumentárias e instrumentos. Barraqueiros e vendedores ambulantes lamentam pelo fato de ficar sem uma fonte de renda já tida como certa.

Numa tentativa de amenizar os prejuízos o prefeito de Bacabal Raimundo Nonato Lisboa autorizou a secretária de cultura do município Carmem Xavier a oferecer para produtores culturais e para os folcloristas compensação financeira. Poucos foram os que aceitaram. Dos quase 50 grupos – brincadeiras como quadrilha, tambor de crioula e bumba-meu-boi, aproximadamente 10 atendeu a convocação da prefeitura e se pré-dispuseram a aceitar a oferta financeira.

O valor a “indenização” paga pelo município, segundo os que não concordaram em recebê-la, não compensa o trabalho já realizado e nem mesmo se aproxima do montante já investido. Barraqueiros e vendedores ambulantes afiram que terão que se desdobrar para diminuir os prejuízos fazendo pontos nas dezenas de promoções que estão sendo realizadas quase que diariamente em todo o município.

Os lamentos dos folcloristas e produtores culturais soam em tom de estranheza. Eles não conseguem entender como é que os problemas causados pelas enchentes podem impedir a realização dos festejos juninos uma vez que o rio já voltou ao seu leito normal e são poucos os flageladas que ainda se encontram fora de suas casas. Alguns deles lembram que esse ano as escolas de samba do município também não desfilaram por falta de apoio.

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